Com a realização deste projeto pretende abrir-se as portas dos nossos laboratórios aos alunos do Secundário, da área de Ciências. Estão previstas um conjunto de atividades a desenvolver ao longo de um estágio de curta duração (uma semana em cada período de interrupção escolar da Páscoa e Natal de 2013 e 2014, e duas semanas nas férias de Verão dos mesmos anos), para que os jovens possam contactar com os mais recentes trabalhos na área da investigação florestal, no que diz respeito à identificação e gestão das principais pragas e doenças da floresta em Portugal.

Cada semana começará com uma breve palestra em que se apresenta a instituição e a equipa, assim como as principais linhas de investigação em curso, enquadrando-se então os trabalhos que irão decorrer. Os estudantes iniciarão o estágio aprendendo a extrair e a identificar o nemátode causador da doença da murchidão do pinheiro, o maior problema fitossanitário dos nossos pinhais. Em paralelo, irão lidar com populações laboratoriais do inseto-vetor que é responsável pela inoculação e dispersão do nemátode de pinheiros doentes para pinheiros sãos, com abordagem dos meios de controlo e gestão florestal atualmente preconizados.

A partir de árvores doentes (pinheiros, sobreiros, castanheiros e eucaliptos), os alunos irão isolar em cultura pura, em meios artificiais de cultivo, os fungos responsáveis pela sintomatologia. Farão uma identificação genérica dos organismos obtidos, através das características morfológicas. No laboratório de biologia molecular, será efetuada a extração do DNA desses organismos e subsequente sequenciação visando a sua identificação até à espécie. Todos estes procedimentos laboratoriais serão acompanhados nas diversas fases por observações à lupa binocular e ao microscópio, havendo lugar à captação de imagens em todos os sectores (Nematologia, Entomologia, Micologia e Biologia Molecular).

Para além dos fungos patogénicos, os fungos micorrízicos, simbiontes das árvores da floresta, também serão estudados e esclarecido o seu papel fundamental no vigor das plantas e na sua resistência às doenças.

Para finalizar, será solicitado aos alunos que façam uma breve apresentação no nosso auditório para partilharem as expectativas, resultados e dificuldades experimentados ao longo do estágio na Unidade de Investigação de Sanidade Vegetal do INIAV.